O Mistério Pascal é o cerne da fé cristã. Ele se refere à paixão, morte, ressurreição e glorificação de Jesus Cristo. Por ser um grande evento, ele sempre foi amplamente debatido, especialmente em cursos de pós-graduação em Teologia.
Esse evento único não é apenas um fato histórico, mas também um mistério teológico que transcende o tempo e o espaço. Conforme declarado pelo apóstolo Paulo: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e é vã a vossa fé” (1Cor 15,17). Contudo, o testemunho das Escrituras é claro: “Cristo ressuscitou!” (cf. At 2,23; 3,15). Este é o ponto de partida e o fundamento da vida cristã.
Teologia: A Importância da Ressurreição para o Cristianismo
A ressurreição de Jesus é o evento central do cristianismo porque transforma a morte em vida e revela a plenitude do plano salvífico de Deus.
Sem a ressurreição, o cristianismo se reduziria a uma filosofia moral ou à memória de um grande mestre. Com a ressurreição, no entanto, Jesus se torna o Senhor vivo e ativo na história da humanidade.
A ressurreição de Cristo é afirmada como um evento histórico, testificado pelos apóstolos e documentado nos Evangelhos. Entretanto, sua dimensão teológica vai além do fato histórico.
Na ressurreição, Deus confirma a divindade de Cristo e o cumprimento de Suas promessas. O Catecismo da Igreja Católica enfatiza: “A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo” (CIC, n. 638).
Os apóstolos foram as testemunhas oculares da ressurreição, e sua pregação deu origem à Igreja. Pedro, no discurso de Pentecostes, proclamou: “A este Jesus, Deus ressuscitou, e disto todos nós somos testemunhas” (At 2,32). A ressurreição, portanto, não é apenas um elemento da fé, mas sua essência e motor.
Os 3 Pilares do Mistério Pascal
A Paixão, a Morte e a Ressurreição de Cristo formam uma única realidade: o Mistério Pascal. Esses eventos são inseparáveis e se iluminam mutuamente. A cruz, que simboliza a morte, é também a via para a ressurreição. Como afirma a Teologia Patrística, “não há glória sem cruz” (cf. Santo Agostinho, Sermo 21).
A cruz é o lugar do sacrifício supremo de Cristo. Nela, Ele entrega Sua vida para redimir a humanidade do pecado. Este ato de amor é explicado pelo próprio Jesus: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15,13).
Na ressurreição, Cristo inaugura uma nova criação. Ele é a primícia dos que dormem (cf. 1Cor 15,20), indicando que a vida não termina na morte, mas se transforma. Esta verdade traz esperança para todos os crentes: “Se morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele” (Rm 6,8).
A busca pela compreensão da ressurreição é um dilema para muitos cristãos. Nos últimos anos, o debate sobre ela se fortaleceu, especialmente em cursos de pós-graduação em Teologia, que visam compreender melhor a ressurreição e seus aspectos nas Escrituras.
O Mistério Pascal e a Páscoa
A Páscoa é a maior festa cristã, pois celebra a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Toda a liturgia da Igreja é moldada pelo Mistério Pascal, desde a celebração da Eucaristia até os sacramentos da iniciação cristã.
Nos sacramentos, os fiéis participam do Mistério Pascal. No Batismo, somos sepultados com Cristo para ressuscitar com Ele (cf. Rm 6,4). Na Eucaristia, fazemos memória de Sua Paixão, celebramos Sua Ressurreição e antecipamos Sua volta.
O conceito de Cristo como o Cordeiro Pascal tem suas raízes na tradição judaica. Assim como o cordeiro pascal foi sacrificado para salvar os primogênitos de Israel, Jesus é sacrificado para a redenção de toda a humanidade (cf. Jo 1,29).
No Mistério Pascal, a divindade e a humanidade de Cristo se manifestam plenamente. Como humano, Ele sofre e morre; como Deus, Ele vence a morte e traz a salvação. Esta união hipostática é essencial para compreender a obra redentora de Cristo.
Essa compreensão do Mistério Pascal é amplamente debatida atualmente. Em cursos de pós-graduação em Teologia, por exemplo, é discutido sua importância para os cristãos, especialmente aqueles que querem elevar sua fé.
Teologia: A Importância da Ressurreição de Cristo
A ressurreição de Cristo é a razão da esperança cristã. Os crentes são chamados a viver como ressuscitados, testemunhando a nova vida em Cristo. A experiência do Mistério Pascal chama cada pessoa à conversão.
A vida cristã deve ser marcada pela renúncia ao pecado e pela busca da santidade, seguindo o exemplo de Cristo. O Mistério Pascal aponta para a plenitude da vida eterna. Os cristãos vivem na esperança da ressurreição final, quando serão plenamente unidos a Cristo em Sua glória.
A unidade do Mistério Pascal é a expressão suprema do amor de Deus pela humanidade. Na Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, encontramos o cumprimento das promessas divinas e a esperança de uma vida nova.
Este mistério central da fé cristã transforma a história e ilumina o caminho da redenção. Que a reflexão sobre o Mistério Pascal inspire a vivência de uma fé
autêntica, marcada pela esperança na vida eterna e pela participação ativa no plano salvífico de Deus.
Texto por Prof. Dr. Erik Dorff Schmitz
Prof. Dr. Erik Dorff Schmitz é Doutor e Mestre em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; Graduando em Letras Português pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC, Bacharel em Filosofia pela Faculdade São Luiz – FSL.
