A doutrina da Sola Scriptura (Somente a Escritura) é um dos pilares fundamentais da Reforma Protestante e continua sendo central na fé evangélica, especialmente no contexto pentecostal. Por ser uma doutrina muito reconhecida, ela vem sendo amplamente estudada nos últimos anos, especialmente em cursos de pós-graduação em Teologia.
Ela afirma que a Bíblia é a única regra infalível de fé e prática para os cristãos, estando acima de tradições, autoridades eclesiásticas ou qualquer outra fonte de revelação. Essa doutrina não nega a importância da tradição ou da razão, mas as subordina à supremacia das Escrituras, que são a Palavra de Deus inspirada.

Teologia e o Fundamento da Sola Scriptura
O fundamento bíblico dessa doutrina é encontrado em passagens como 2 Timóteo 3.16-17, onde Paulo declara: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra.”
Este texto destaca a inspiração divina das Escrituras e sua suficiência para guiar a vida cristã. A Bíblia, portanto, não necessita de complementos para ser entendida como a voz final de autoridade.
Outro texto central é Hebreus 4.12, que descreve a Palavra de Deus como viva e eficaz, mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração.
Essa descrição enfatiza a singularidade da Escritura como um instrumento divino para moldar vidas e revelar a vontade de Deus.
Na prática, o fundamento da Sola Scriptura é complexo de compreender. Por isso, para líderes religiosos, é fundamental investir em uma pós-graduação em Teologia, pois esta possui o arsenal de conhecimento necessário para compreender corretamente essa importante doutrina.
Como Surgiu a Sola Scriptura?
No contexto histórico, a doutrina da Sola Scriptura surgiu como uma resposta à autoridade exagerada atribuída à tradição eclesiástica na Idade Média. Reformadores como Martinho Lutero denunciaram a prática de colocar decretos papais no mesmo nível da Escritura ou acima dela. Lutero declarou: “Minha consciência está cativa à Palavra de Deus” (LUTERO, 2009, p. 35), enfatizando que a Bíblia é a única base sólida para a fé e a prática cristã.
No contexto pentecostal, a Sola Scriptura é particularmente importante porque reforça o papel do Espírito Santo na interpretação e aplicação da Bíblia. Os crentes pentecostais acreditam que o Espírito Santo ilumina as Escrituras, permitindo que sejam compreendidas de forma prática e poderosa (Jo 14.26).
Isso não implica interpretações subjetivas ou desconexas da verdade. Mas, sim, uma leitura que se mantém fiel ao texto e é guiada pelo mesmo Espírito que inspirou os autores bíblicos.
A Grande Verdade sobre a Sola Scriptura
Apesar de sua centralidade, a Sola Scriptura exige equilíbrio. Não se trata de rejeitar a tradição, mas de reconhecer que tradições humanas não possuem a mesma autoridade das Escrituras.
Agostinho, citado por Justo González, afirmou: “Eu creio nas Escrituras, pois creio que são as palavras de Deus; e, porque creio em Deus, sei que Ele não pode mentir” (GONZÁLEZ, 2016, p. 92). Essa confiança na Bíblia como a revelação definitiva é o que distingue a fé protestante.
A Sola Scriptura desafia os crentes a retornarem sempre à Palavra como fonte de verdade e a submeterem suas vidas a ela. Como afirma Stanley Horton, “a Escritura não é apenas um livro, mas o poder transformador de Deus revelado para a salvação” (HORTON, 1996, p. 42).
Portanto, ela deve ser lida, meditada e praticada, para que o cristão viva de forma alinhada à vontade divina.
A partir desse direcionamento, percebe-se o quão importante é estudar corretamente a Sola Scriptura. Atualmente, a melhor maneira de compreender melhor dessa doutrina, é investir em uma pós-graduação em Teologia. Isso ocorre, pois esta possui os conhecimentos necessários para você se aprofundar corretamente nessa incrível doutrina.
Texto por Prof. Dr. Elizeu Bandeira de Lima