A teologia cristã sempre enfatizou a questão do pecado como elemento central na compreensão do destino final do ser humano. Nos últimos anos, o questionamento sobre o pecado ganhou força na teologia, especialmente em cursos de pós-graduação em Teologia, que visa estudá-lo desde a sua concepção.
Desde os primórdios da tradição bíblica, o pecado é tratado como um desvio do propósito original de Deus para a humanidade, afetando diretamente seu destino eterno.

Este texto explorará a relação entre pecado e o fim último do ser humano à luz da teologia bíblica e filosófica, analisando suas implicações para a salvação e o juízo final.
Teologia Cristã e o Propósito Original do Ser Humano
De acordo com as Escrituras, o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:26-27), sendo chamado a viver em comunhão com seu Criador.
O propósito último da humanidade, segundo a tradição cristã, é a glorificação de Deus e a participação em Sua bem-aventurança eterna.
Santo Agostinho (354-430 d.C.) afirmou que “fizeste-nos para Ti, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em Ti” (Confissões, I.1). Esse descanso pleno em Deus é o objetivo final da existência humana, caracterizado pela união com Ele na eternidade.
Na teologia cristã, existem diversas discussões acerca do próposito do ser. Atualmente, há cursos de pós-graduação em Teologia que voltam seus esforços para estudar textos relacionados ao tema, para fortalecer o conhecimento de muitos líderes religiosos.
O Pecado como Ruptura da Ordem Original
O pecado, conforme descrito na narrativa da Queda (Gn 3), introduziu desordem e separação entre Deus e a humanidade.
A desobediência de Adão e Eva não apenas trouxe consequências individuais, mas também um estado de corrupção moral e espiritual que afeta todos os descendentes humanos (Rm 5:12).
Esse afastamento de Deus compromete a capacidade humana de alcançar seu fim último, pois gera alienação e impede a comunhão plena com o Criador.
Tomás de Aquino (1225-1274), em sua Suma Teológica, argumenta que o pecado impede o homem de atingir seu telos (fim último), pois desvia sua vontade daquilo que é verdadeiramente bom.
O pecado, portanto, não é apenas um ato isolado, mas uma condição existencial que conduz ao afastamento da fonte da vida e da bem-aventurança. Nos últimos anos, a teologia cristão voltou a discutir essa condição, especialmente em cursos de pós-graduação em Teologia.
Teologia Cristã e as Consequências do Pecado para o Destino Final
A teologia cristã ensina que a permanência no pecado leva à condenação eterna. Jesus Cristo afirmou: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16:16).
A doutrina do juízo final reforça a ideia de que a vida terrena é um período de decisão entre dois destinos: a vida eterna com Deus ou a separação eterna d’Ele.
A visão reformada, baseada na teologia de João Calvino (1509-1564), destaca que a humanidade, em seu estado natural de pecado, é incapaz de buscar a Deus sem a graça divina (Institutas, II.3.3).
O pecado corrompe a vontade humana de tal modo que somente a intervenção divina pode restaurar a comunhão perdida.
Teologia: A Exaltação de Cristo e a Recapitulação de Todas as Coisas
A Redenção e o Caminho para o Fim Último
Embora o pecado tenha introduzido a morte e a separação, Deus oferece redenção através de Jesus Cristo.
A obra salvífica de Cristo, especialmente Sua morte e ressurreição, restaura a possibilidade de o ser humano alcançar seu fim último. A justificação pela fé (Rm 3:23-24) e a santificação pelo Espírito Santo são fundamentais para essa restauração.
Em conclusão, o pecado é a principal barreira entre o ser humano e seu propósito final. No entanto, por meio da redenção em Cristo, a humanidade pode ser restaurada à comunhão com Deus, alcançando seu destino eterno na glória celestial.
Sendo assim, para conhecer mais sobre a relação do pecado e o ser humano, é essencial estudar a teologia cristã. Nos dias atuais, os cursos de pós-graduação em Teologia são ótimas opções para compreender esses estudos, bem como sua importância para os cristãos e os líderes religiosos.
Texto por Prof. Dr. Erik Dorff Schmitz
Erik Dorff Schmitz é Doutor e Mestre em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; Graduando em Letras Português pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC, Bacharel em Filosofia pela Faculdade São Luiz – FSL.