Ele levanta o necessitado

“Levanta do pó o necessitado e, do monte de cinzas ergue o pobre; ele os faz sentarem-se com príncipes e lhes dá lugar de honra […]” 1 Samuel 2.8 

Por Irenio Silveira Chaves

Doutor em Teologia, Coordenador dos cursos de Pós-graduação em Aconselhamento Pastoral e Ministério Pastoral

No dia que Ana levou o seu filho ao templo para consagrá-lo ao Senhor, ela fez uma oração incomum. Em primeiro lugar, porque estava exultante de alegria por Deus ter atendido ao seu clamor. Em segundo lugar, porque ela reconhecia quem Deus era e quem ela era. Poucas vezes oramos assim.

Ele levanta o necessitado
Reprodução: AI

A alegria por alcançar uma graça, por ser socorrido em nossa aflição, por receber o consolo na hora da angústia, por sentir alívio na dor, por ver o milagre acontecer é inevitável. Até mesmo incrédulos e hereges podem se sentir alegre por uma solução sobrenatural de seu problema. O difícil é admitir que eu sou quem de fato sou e que Deus é quem de fato é. Eu sou humano, um ser criado e contingente, que não mereço nada de Deus. E Deus é um ser necessariamente amor, que não precisa que eu faça absolutamente nada para me amar.

A pergunta que me vem à cabeça é: o que pode fazer com que eu reconheça que Deus age como Deus, na medida em que não sou merecedor de nada?

Deus é quem nos dá força e coragem para atravessarmos os dias maus.

Deus nos abençoa com a dádiva da fé a fim de que possamos ver as portas que só ele pode abrir.

Deus sinaliza a sua presença entre nós, ele dá sinais de que está ao nosso lado em todo tempo.

Deus manifesta a sua vontade na medida em que estabelecemos uma relação de pertença a ele.

E o que pode fazer com que eu expresse o meu reconhecimento pelo que Deus faz?

Ana foi um raro exemplo do que pode fazer uma pessoa agradecida. O que ela mais desejava era ter um filho. E quando ela alcança esse desejo, encontra Deus que a preenche de alegria e realização. Como sinal de sua gratidão, ela consagra a Deus seu maior desejo. Aquela mulher que vivia triste e humilhada, agora podia levantar os seus olhos e dizer quem é Deus para ela, aquele que ergue do pó o necessitado para o colocar em um lugar de honra.

Essa expressão de Ana tornou-se tão significativa para a espiritualidade do povo de Deus que foi repetida em canto pelo salmista: “Ele levanta do pó o necessitado e ergue do lixo o pobre, para fazê-los sentar-se com príncipes, com os príncipes do seu povo” (Salmos 113.7,8). Que esta seja a oração do seu povo, que este seja o nosso canto.

 

Irenio Silveira Chaves

Pastor da Igreja Batista da Orla Oceânica, escritor e professor universitário. É graduado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, Mestre em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Coordenador dos cursos de Pós-graduação em Aconselhamento Pastoral e Ministério Pastoral da MURSI.

 

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