A escatologia, ou estudo das “últimas coisas”, é um dos campos mais relevantes da teologia cristã. A doutrina escatológica da Igreja aborda eventos futuros como a segunda vinda de Cristo, o arrebatamento, a tribulação, o milênio, o juízo final e a eternidade.
Essas crenças são fundamentais para a fé cristã, pois influenciam a esperança e a conduta dos fiéis.

Diferentes tradições teológicas possuem abordagens distintas sobre os eventos escatológicos, mas todas concordam que a culminação da história da redenção se dará na consumação do reino de Deus.
Nos cursos de pós-graduação em Teologia, o estudo da doutrina escatológica é essencial, uma vez que é um tema fundamental para muitos líderes religiosos.
Teologia e os Fundamentos Bíblicos da Escatologia Cristã
A base da doutrina escatológica encontra-se em diversas passagens do Antigo e do Novo Testamento. Entre os principais textos estão:
- Daniel 7-12: Profecias sobre o “tempo do fim”, a vinda do Filho do Homem e a ressurreição dos mortos.
- Mateus 24-25: O sermão profético de Jesus sobre os sinais do fim dos tempos.
- 1 Coríntios 15: A doutrina da ressurreição e a transformação dos crentes. • 1 Tessalonicenses 4:13-18: Ensinamento sobre o arrebatamento e a esperança dos cristãos.
- Apocalipse 20-22: A descrição do juízo final, do reino milenar e da Nova Jerusalém.
Nos últimos anos, tais textos foram profundamente abordados em cursos de pós-graduação em Teologia. Isso ocorre pelo de serem extremamente importantes para a doutrina cristã, que é a base de muitos líderes religiosos.
Principais Escolas de Interpretação Escatológica
A teologia cristã apresenta diferentes correntes interpretativas sobre a escatologia. As principais são:
- Pré-milenismo: Defende que Cristo voltará antes do milênio e estabelecerá um reino literal na terra por mil anos. Há variações dentro desta visão, como o dispensacionalismo pré-tribulacionista, que ensina um arrebatamento antes da tribulação.
- Pós-milenismo: Acredita que a Igreja evangelizará o mundo e inaugurará um período de paz antes da volta de Cristo.
- Amilenismo: Entende que o milênio é simbólico e se refere ao reinado espiritual de Cristo na igreja ao longo da história.
Cada uma dessas visões busca interpretar as Escrituras de forma coerente, levando em consideração contextos históricos, linguísticos e teológicos.
O Papel da Igreja na Perspectiva da Doutrina Escatológica
A Igreja tem um papel central na escatologia, pois é chamada a proclamar o evangelho até que Cristo retorne (Mateus 28:19-20). Além disso, é vista como a noiva de Cristo, aguardando o dia em que será plenamente unida ao seu Senhor (Apocalipse 19:7-9).
A escatologia reforça a necessidade de santidade, vigilância e perseverança, conforme ensinam os apóstolos (2 Pedro 3:11-14; 1 João 3:2-3).
A doutrina escatológica da Igreja não apenas esclarece o futuro, mas também influencia a prática cristã no presente.
Independentemente da interpretação adotada, a esperança da segunda vinda de Cristo motiva os crentes a viverem de forma piedosa, promovendo o evangelho e aguardando a consumação do reino de Deus.
Por esse direcionamento, vale dizer que, nos últimos anos, a doutrina escatológica se tornou chave de discussão em diversos cursos de pós-graduação em Teologia. Isso porque, assim como as Escrituras, ela se tornou essencial para conhecer mais profundamente diversos temas sagrados importantes.
Texto por Prof. Dr. Erik Dorff Schmitz
Erik Dorff Schmitz é Doutor e Mestre em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; Graduando em Letras Português pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC, Bacharel em Filosofia pela Faculdade São Luiz – FSL.