Avaliação de desempenho e feedback podem parecer termos mais associados ao mundo corporativo, mas eles também têm um lugar importante nas igrejas.
Afinal, líderes, voluntários e membros estão constantemente envolvidos em atividades que exigem dedicação, crescimento e melhoria contínua.
Nos cursos de pós-graduação em Teologia, avaliação de desempenho e feedback são discutidos com frequência, para compreender a necessidade dessas práticas para os líderes religiosos.
No entanto, nas igrejas, a abordagem precisa ser diferente: não se trata apenas de medir resultados, mas de edificar pessoas, fortalecer relacionamentos e promover o crescimento espiritual e pessoal de todos os envolvidos.
Como fazer isso de forma amorosa e construtiva, alinhada aos valores cristãos?
O que a Bíblia diz sobre correção e crescimento?
A Bíblia nos ensina que o feedback e a correção são partes essenciais do crescimento.
Em Provérbios 27:17, está escrito: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro”. Isso mostra que o feedback, quando dado com sabedoria e amor, pode ajudar as pessoas a crescerem e se tornarem melhores.
Além disso, Gálatas 6:1 nos orienta: “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, devem restaurá-lo com mansidão”. Ou seja, a correção deve ser feita com humildade e cuidado, visando a restauração e não a condenação.
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Por que avaliação e feedback são importantes nas igrejas?
A avaliação de desempenho e feedback é essencial para as igrejas por diversos motivos, sendo eles:
- Promovem o crescimento: Feedback bem dado ajuda as pessoas a identificarem pontos fortes e áreas de melhoria;
- Fortalecimento de relacionamentos: Um diálogo aberto e honesto constrói confiança e transparência;
- Alinhamento com a missão: Avaliações ajudam a garantir que todos estejam trabalhando em direção aos mesmos objetivos espirituais e práticos;
- Prevenção de conflitos: Problemas podem ser resolvidos antes que se tornem grandes desafios.
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Como implementar avaliação de desempenho e feedback de forma saudável e construtiva?
Para implementar uma boa gestão de avaliação de desempenho e feedback, é necessário implementar algumas ações, sendo elas:
Seja claro sobre o propósito
Deixe claro que o objetivo da avaliação e do feedback é o crescimento, não a crítica ou a punição. É sobre edificar, não destruir.
Use uma abordagem amorosa
Como diz Efésios 4:15, devemos falar *”a verdade em amor”. O feedback deve ser dado com gentileza, empatia e respeito.
Foque no comportamento, não na pessoa
Em vez de dizer “você é desorganizado”, diga “notei que algumas tarefas têm sido entregues com atraso. Como posso ajudar você a se organizar melhor?”.
Destaque os pontos positivos
Reconheça o que a pessoa está fazendo bem antes de apontar áreas de melhoria. Isso ajuda a manter a motivação e a autoestima.
Seja específico
Evite generalizações. Em vez de dizer “você precisa melhorar”, diga “na última reunião, percebi que você chegou atrasado três vezes. Vamos trabalhar juntos para melhorar a pontualidade?”.
Ouça ativamente
O feedback é uma via de mão dupla. Dê espaço para a pessoa compartilhar suas dificuldades, ideias e perspectivas.
Além disso, ofereça suporte e recursos para ajudar no crescimento, como treinamentos, mentoria ou acompanhamento.
Estabeleça metas claras e realistas
Após o feedback, defina juntos os próximos passos e como o progresso será medido.
Faça acompanhamento regular
O feedback não deve ser um evento único, mas um processo contínuo. Acompanhe o progresso e celebre as conquistas.
Desafios e Oportunidades
Um dos maiores desafios é garantir que o feedback seja recebido de forma positiva e não como uma crítica pessoal.
Para isso, é essencial criar uma cultura de confiança e transparência na igreja, onde todos entendam que o feedback é uma ferramenta de crescimento, não de julgamento.
Avaliação de desempenho e feedback, quando feitos com amor e sabedoria, são ferramentas poderosas para o crescimento espiritual e prático da igreja.
Como diz 1 Tessalonicenses 5:11: “Por isso, encorajem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo”.
Que as igrejas possam adotar práticas de feedback que edifiquem vidas, fortaleçam relacionamentos e glorifiquem a Deus.
Texto por Prof. Dr. Elizeu Bandeira de Lima
