A vida de Jesus, conforme registrada nos Evangelhos, está profundamente enraizada em sua relação com Deus Pai. Nos últimos anos, cursos de pós-graduação em Teologia já debatem sobre essa relação, a fim de compreender melhor as Escrituras.
Em cada momento de sua missão, Jesus demonstrou uma submissão completa à vontade divina, evidenciando que sua existência terrena tinha como fundamento a fé no Deus de Israel.

Esta relação especial não apenas moldou suas ações, mas também forneceu a base para seus ensinamentos e para a compreensão de sua identidade como o Filho de Deus.
Teologia: Jesus e sua Relação com Deus
Jesus frequentemente se referia a Deus como “Pai”, ou “Abbá”, um termo aramaico que expressa uma intimidade profunda, equivalente a “papai” ou “querido pai”.
Essa forma de se dirigir a Deus não era comum na tradição judaica da época, que enfatizava a transcendência divina. Ao chamar Deus de Abbá, Jesus revelava um relacionamento singular, caracterizado por confiança, dependência e amor. O uso de “Pai” reflete-se em momentos cruciais da vida de Jesus.
Durante sua oração no Getsêmani, ele clama: “Abbá, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice. Contudo, não seja o que eu quero, mas o que tu queres” (Mc 14,36). Esta passagem demonstra a profunda submissão de Jesus à vontade do Pai, mesmo diante da perspectiva do sofrimento extremo.
Inclusive, para quem deseja entender mais sobre essa e outras passagens, a pós-graduação em Teologia oferece uma excelente oportunidade de aprofundamento.
Jesus e sua Missão na Vida
O propósito central da vida de Jesus era cumprir a vontade de Deus Pai. Em João 4,34, ele declara: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”.
Este versículo revela que a obediência ao Pai era tão essencial para Jesus quanto o alimento é para a sobrevivência humana. Essa submissão se manifesta em diversos aspectos de sua vida e ministério.
Jesus não apenas ensinava com autoridade, mas sempre enfatizava que sua doutrina não era sua própria, mas vinha do Pai. Ele disse: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou” (Jo 7,16).
Sua mensagem tinha como objetivo revelar o caráter de Deus e chamar as pessoas a um relacionamento mais íntimo com o Criador.
Por esse direcionamento, é válido pontuar que, nos últimos anos, mensagens como estas tem sido amplamente debatidas no mundo teológico, especialmente em cursos de pós-graduação em Teologia, pois estes visam compreender melhor a ideia por trás das mensagens de Cristo.
Cada milagre e gesto de compaixão realizado por Jesus refletia a vontade do Pai. Ao curar, perdoar pecados e acolher marginalizados, ele mostrava o amor, a justiça e a misericórdia de Deus.
Em João 5,19, Jesus afirma: “O Filho nada pode fazer por si mesmo; ele só pode fazer o que vê o Pai fazer. Porque tudo o que o Pai faz, o Filho também faz”.
Teologia, Jesus e o Significado da Cruz
A cruz é o ápice da obediência de Jesus ao Pai. Mesmo enfrentando o abandono, a dor e a morte, ele permaneceu fiel à missão que lhe foi confiada. Suas palavras finais, “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46), são a expressão de uma confiança inabalável em Deus.
Jesus viveu e ministrou dentro do contexto do judaísmo do primeiro século. Sua fé estava profundamente enraizada nas Escrituras Hebraicas, que ele citava frequentemente para ensinar e defender sua missão.
Ele via sua própria vida como o cumprimento das promessas messiânicas contidas na Lei, nos Profetas e nos Salmos. Jesus declarou que não veio abolir a Lei ou os Profetas, mas cumpri-los (cf. Mt 5,17).
Ele se via como a realização das esperanças de Israel, o Servo Sofredor descrito em Isaías, e o Filho do Homem anunciado em Daniel.
A vida de oração de Jesus era central para sua relação com o Pai. Ele frequentemente se retirava para lugares solitários para orar, buscando direção e forças para cumprir sua missão.
Sua oração sacerdotal em João 17 é um testemunho poderoso de sua intimidade com Deus e de seu desejo de que seus seguidores compartilhassem dessa mesma relação.
A Importância da Relação de Jesus com Deus Pai para a Vida Cristã
A relação de Jesus com Deus Pai serve como modelo para a vida cristã. Assim como Jesus viveu em submissão à vontade divina, os cristãos são chamados a buscar a vontade de Deus em suas próprias vidas.
Isso envolve: a confiança que Jesus depositava no Pai, mesmo diante das adversidades, desafia os cristãos a confiarem em Deus em todas as circunstâncias.
E que seguir o exemplo de Jesus significa buscar conhecer e cumprir a vontade de Deus, mesmo quando isso exige sacrifício pessoal.
Jesus demonstrou, em toda a sua vida, uma obediência perfeita a Deus Pai. Ele não apenas pregou sobre a relação com o Pai, mas viveu essa relação de maneira plena, tornando-se o exemplo supremo para a humanidade.
Ao contemplar a vida de Jesus, os cristãos são chamados a refletir sobre como podem aprofundar seu próprio relacionamento com Deus, confiando nele como Pai amoroso e vivendo para cumprir sua vontade.
Jesus é o Caminho para o Grande Pai
As palavras de Jesus em João 14,6 são um lembrete de que ele é o caminho para o Pai: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”. Seguir a Cristo é abraçar a missão de fazer a vontade de Deus, assim como ele fez.
No mais, para quem busca se aprofundar mais nestas mensagens na Teologia, uma pós-graduação em Teologia pode oferecer a oportunidade de explorar esses temas de maneira mais profunda.
Isso porque os cursos de pós-graduação em Teologia proporcionam uma formação completa, abordando desde a vida e ensinamentos de Jesus até a aplicação prática dos princípios teológicos no mundo contemporâneo.
Texto por Prof. Dr. Erik Dorff Schmitz
Prof. Dr. Erik Dorff Schmitz é Doutor e Mestre em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; Graduando em Letras Português pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC, Bacharel em Filosofia pela Faculdade São Luiz – FSL.